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TV digital: É hora de o Brasil acelerar transição da TV analógica, adverte UE

 

:: Por Carmen Lucia Nery, especial para o Convergência Digital
:: Convergência Digital :: 22/05/2012

O Brasil precisa fixar um cronograma rígido e adotar medidas eficazes para garantir a transição da TV analógica para digital. É o que considera Paulo Lopes, conselheiro de mídia e TIC da União Europeia tomando por base a experiência europeia que faz o apagão da TV analógica no início de 2013. Lopes apresentou nesta terça-feira, 22/05, na 12ª edição do Rio Wireless a palestra “Dividendo Digital na Europa”.

“O que recomendo é que o país estabeleça um cronograma concreto e tente seguí-lo o máximo possível. Trata-se de uma decisão das autoridades brasileiras, mas se houver formas de acelerar este processo seria importante pois todos temos o objetivo de desenvolver a banda larga nas nossas regiões”, diz Lopes.

Ele observa que o espectro do dividendo digital da TV analógica poderia ser utilizado para novos serviços até da radiodifusão e se não houver formas de acelerar isso a transição fica bloqueada.

“A não ser que existam formas de compartilhamento, usando uma parte do espectro que já está disponível. E entendo que a Anatel está fazendo um estudo sobre isso até o final do ano. Mas é preciso acelerar este processo porque a União Europeia já vai ter este espectro disponível em 2013. Por sua vez, os EUA também já migraram e seria importante para o Brasil desenvolver a banda larga nesta faixa”, alerta.

Também durante a Rio Wireless, Fabio Leite, deputy-director do comitê de radiocomunicação da União Internacional de Telecomunicações (UIT), alertou que o Brasil deve decidir logo que destino dar a faixa de 700MHz que hoje ainda é de uso secundário. Lopes reitera que este é um espectro valiosos inclusive para aplicações de cunho social em área rurais e isolada.

“Com menores investimentos é possível cobrir uma maior área. É uma oportunidade e o governo e as autoridades terão que pesar todos os prós e contras e ver o que é efetivamente factível e tentar avançar da forma mais eficiente que leve em conta todos os interesses e as condicionantes que existem no país”, aconselha.

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IBGE aponta informática como líder de inovação
A fabricação de equipamentos de informática e de máquinas para escritório foi a atividade com maior taxa de inovação tecnológica nos últimos anos, revela o o  IBGE.
De acordo com a Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec), o segmento apresentou taxa de 71,2%, a frente da fabricação de material eletrônico básico (61,7%) e de vários gêneros de veículos (57,5%).
No que diz respeito à taxa geral de inovação tecnológica da indústria brasileira, o IBGE apontou ligeiro crescimento na comparação com a pesquisa realizada para os anos de 1998 a 2000, passando de 31,5% para 33,3%.
Segundo o estudo, no primeiro período as inovações predominaram em relação ao processo de produção da indústria, enquanto na segunda etapa predominou também a estratégia para inovar também em produtos.



   
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 Por que os jornalistas não invadem a rede?
Por NaraFranco
 O jornalista Pedro Doria, de NoMinimo, classifica como um mistério o fato de haver tão poucos blogs brazucas voltados para a informação. No segundo, publicado aqui no Webinsider (Jornalismo virou commodity. Aceite e aja, veja ao lado), o também jornalista Julio Daio Borges diz que o blog banaliza a profissão de tal maneira que qualquer pessoa pode ser um jornalista hoje em dia.
Quem está certo ou errado, não sei. Mas que está estranho, isso está. Parece aquela discussão do biscoito: vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Na verdade, os dois artigos não explicam nada. Nem a ausência de blogs informativos, muito menos a banalização da profissão. Creio que a questão é bem mais profunda e antiga e não passa por comparações com outros países ou por questões pessoais.
Primeiro é preciso entender como o jornalismo brasileiro absorveu a internet. Sabemos que a rede desfigurou muitas redações, que abriu um importante mercado de trabalho e que possibilitou maior agilidade na apuração e divulgação de uma matéria. Mas ficamos só nisso? Não. A internet deu voz a muita gente boa do mercado, como o próprio Julio Daio, e no vácuo da rede surgiram diversos blogs, zines e revistas abordando temas não muito presentes na grande mídia.
A internet abre portas, possibilita que você expresse seu ponto de vista sem passar pelo editor, o patrão ou o cliente assessorado. Ela é território livre e cabe a cada um escolher sobre o que falar. Se não há muitos blogs informativos no Brasil talvez seja o momento da classe jornalística se unir para discutir o porquê de ainda hoje, nos jornais, as redações online serem discriminadas e seus profissionais tratados como ?jornalistas de segunda? pelos colegas de redação ?offline? ou o porquê de muitos desses profissionais colocarem um jornal inteiro no ar na base do Ctrl + C, Ctrl + V e ainda assim terem menos prestígio e ocuparem aquele fundinho de sala da redação. E pior: de serem aqueles que mendigam por uma credencial para eventos que, na maioria das vezes, ignoram totalmente a existência dos veículos web.
Dizer que qualquer um pode ser jornalista porque pode criar um blog é ler de maneira superficial o que de fato é a profissão. Jornalismo com credibilidade exige muito trabalho de redação e apuração, conhecimento de fontes, responsabilidade de saber que o que você publica pode beneficiar e/ou prejudicar alguém. Isso tanto é verdade que atualmente muitos blogs estão sendo alvo de processos judiciais.
Para cativar um público e ter dele respeito é preciso saber informar e isso, creio, não é tarefa para qualquer um. O blog é uma poderosa ferramenta da internet. Há casos de sucesso envolvendo jornalistas, há casos de fugaz notoriedade e há a massa que se diverte no papo de bar. Os motivos que levam os jornalistas a ignorarem esse espaço ou a mal aproveitá–lo merece uma crítica em conjunto dos profissionais. É preciso perder o medo da tecnologia e entender que o processo de comunicar vai além da atuação na rua.
Por outro lado, o blog, pelas oportunidades que cria, não é tábua de salvação para os que não têm espaço na grande imprensa. Mais uma vez, repito: a profissão vai além. É preciso buscar alternativas. Mas acima de tudo é preciso zelar pelo que é feito e, principalmente, respeitar e encorajar aqueles que almejam, como nós almejamos, abraçar a profissão. [Webinsider]

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